"BAILE DOS MASCARADOS"
- Cristina Lima
- 22 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Andando pelas ruas, nos dias atuais, encontramos muitas pessoas usando máscaras. Carnaval? Rito de passagem? Personagens de uma peça teatral?

Se houvesse uma máquina do tempo - e imaginando que viéssemos do século passado -, estranharíamos esse acessório diferente e sem entender pensaríamos: estariam os humanos voltando ao século XIX, onde os escravos usavam máscaras fabricadas com folha de flandres (material laminado revestido por estanho contendo aço) para serem impedidos de comer e beber?
Seria carnaval? Mas essas máscaras não têm plumas nem pedras e não escondem os olhos, escondem o sorriso. Será que é para não deixar as pessoas sorrirem?
Passeando ao longo da história, percebemos que a máscara sempre esteve presente, mas com diversas finalidades.
No Egito, acreditavam que as máscaras colocadas nos rostos dos mortos ajudavam na passagem para a vida eterna.
Em rituais indígenas e cerimônias religiosas era comum o uso de máscaras de animais ou monstros, tanto para celebrar alegria quanto para afastar os maus espíritos.

Os gregos a utilizavam em festas para homenagear Dionísio, Deus do Vinho. Cantavam, dançavam e se embriagavam escondendo atrás da máscara a sua própria identidade. Usavam-na também na modalidade artística e nos teatros gregos.
Na Itália, desde o ano de 1268, na cidade de Veneza, as máscaras, que simbolizam o seu carnaval, tornaram-se marca da cidade. Ficaram tão famosas, que as tradicionais máscaras venezianas se transformaram em “souvenirs”. Quem vai a Veneza, é obrigatório trazer uma máscara, mesmo que em pequenos imãs para não pesar na bagagem.

Esses disfarces eram símbolo de liberdade e transgressão. Serviam para diversão e também para o rompimento das diferenças sociais, aumentando o mistério e a sensação de liberdade.
Arlequim, Pierrot e Colombina: um trio amoroso. Arlequim e Pierrot, embora não usassem máscaras, tinham os seus rostospintados, um alegre e outro triste, apaixonados pela bela Colombina.
Nos esportes como esgrima e no uso profissional como o apicultor a máscara possui a função de proteção.

Compreender o uso de uma máscara como símbolo de proteção e amor assusta. Assusta porque estamos tão acostumados com os sorrisos, os beijos e a liberdade de poder se expressar. Mas são outros tempos. Talvez seja o preço a pagar para que possamos passar para outro patamar da vida! Em todo caso, USE!
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